Por que começar a investir?
Investir é mais do que apenas poupar; é uma forma de fazer seu dinheiro trabalhar para você e crescer ao longo do tempo. Abaixo estão algumas razões importantes para você compreender que deve começar a investir o quanto antes:
Ajuda a aumentar o patrimônio
Ao investir, você possibilita que seu dinheiro seja multiplicado ao longo do tempo, especialmente quando você reinveste os rendimentos. Isso é conhecido como juros compostos, um processo onde os rendimentos geram novos rendimentos, o que pode multiplicar seu patrimônio significativamente a longo prazo.
Proteção contra a inflação
A alta dos preços corrói o seu próprio poder de compra. Se o seu dinheiro fica parado, ele perde valor ao longo do tempo. Investir permite que você acompanhe ou supere a inflação, preservando e aumentando o valor do seu dinheiro. Isso fará muita diferença na hora de comprar com o seu dinheiro no futuro.
Reserva de emergência

Ter um fundo de emergência investido é fundamental para lidar com imprevistos, como despesas médicas ou problemas no carro, sem comprometer seu orçamento mensal. Existem investimentos específicos para as reservas de emergências, onde você pode retirar o valor aplicado a qualquer momento e ainda ganhar dinheiro enquanto ele estiver parado.
Realização de metas financeiras
Investir pode ajudar a atingir objetivos específicos, como a compra de um imóvel, uma viagem dos sonhos ou até mesmo garantir uma aposentadoria confortável. Ao definir metas financeiras claras, fica mais fácil estabelecer um plano de investimento e manter a motivação para alcançá-las.
Independência financeira
Ao investir de forma consistente, você pode criar uma fonte de renda passiva ao longo do tempo, reduzindo a dependência de um salário. Com o tempo, o acúmulo de capital e os rendimentos dos investimentos podem proporcionar uma segurança financeira sólida. Esse caso é especialmente importante para o seu futuro, já que a maioria dos salários de aposentadoria não acompanham as atualizações da inflação ao longo dos anos, o que significa que você terá menos poder de compra no futuro.
É possível investir com pouco dinheiro?
Sim, investir com pouco dinheiro é totalmente possível, e esse é um dos maiores mitos sobre o mercado financeiro. Hoje, qualquer pessoa pode começar a investir com quantias pequenas, especialmente devido à popularização das fintechs e plataformas digitais de investimento. Há diversas modalidades de investimento disponíveis, incluindo o Tesouro Direto, que permite aplicações iniciais a partir de um pouco mais de R$ 30, e até mesmo as ações fracionadas.
Investir pequenas quantias de forma regular ajuda a desenvolver disciplina no gerenciamento do orçamento, o que é fundamental para o alcance do sucesso a longo prazo. A prática de dollar cost averaging (investimento de um valor regularmente) é uma estratégia recomendada para iniciantes. Trata-se de aplicar uma quantidade fixa consistentemente, sem se preocupar com a variação de preço dos ativos, o que ajuda a suavizar o custo médio das ações ou outros ativos ao longo do tempo e promove um crescimento estável do portfólio.
Principais tipos de investimentos
Existem diversos tipos de investimentos. Esses são os mais comuns:
Renda fixa
A renda fixa é uma das melhores opções para iniciantes, pois oferece previsibilidade e estabilidade. Nesta modalidade, o investidor pode até certo ponto prever o rendimento de antemão. Existem diferentes tipos de investimentos em renda fixa:
Tesouro Direto
Títulos públicos emitidos pelo governo federal. É uma das opções mais seguras e acessíveis, com tipos de títulos como o Tesouro Selic (ideal para reservas de emergência) e o Tesouro IPCA+ (que protege contra a inflação). Esses títulos oferecem uma ótima opção para quem está começando a investir e procura a forma mais segura possível.
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
Emitido por bancos, o CDB pode ter rendimento prefixado ou atrelado ao CDI, geralmente com retorno maior que a poupança. Muitos CDBs têm proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que protege até R$ 250.000 por CPF e instituição. Existe também um limite de até R$ 1.000.000 por CPF, que você pode dividir em até 4 instituições para estar protegido.
LCI e LCA
As LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) são isentas de imposto de renda para pessoas físicas e são emitidas por instituições financeiras para financiar setores específicos da economia. Elas possuem prazos mais longos, mas com rendimentos competitivos. Enquanto as outras opções contam com o imposto de renda progressivo, onde você vai pagando menos imposto conforme o tempo, com LCIs e LCAs você não tem essa preocupação, porque você será isento de IR desde o início.
Ações
Investir em ações significa adquirir uma pequena parte do capital social de uma empresa, tornando-se sócio dela. As ações oferecem duas principais formas de retorno:
Valorização do capital
O valor das ações tem potencial de crescimento ao longo do tempo, e o investidor pode vender as ações por um valor maior do que pagou, obtendo lucro. O contrário também é verdadeiro. Os valores das ações podem cair, ficando abaixo do seu preço médio (preço que você pagou por ação). Neste caso, ao vender as ações, você teria prejuízo.
Dividendos

Empresas lucrativas frequentemente distribuem parte de seus lucros aos acionistas, oferecendo uma renda passiva oferecida em períodos que diferem para cada organização. Empresas estáveis e bem estabelecidas geralmente têm uma política de dividendos atraente, pois já atingiram um nível de maturidade e distribuem parte dos seus lucros com seus acionistas.
Fundos de investimento
Os fundos de investimento são uma alternativa prática para diversificar sem precisar pensar muito. Ao aplicar em um fundo, o interessado compra cotas, e o gestor aplica o capital em diversos ativos, como ações, papéis de renda fixa e moedas estrangeiras. Os tipos mais comuns de fundos incluem:
Fundos de renda fixa
Compostos majoritariamente por títulos de renda fixa, esses fundos oferecem segurança e previsibilidade. A renda fixa pode ser complexa, com termos como pré-fixado ou pós-fixado, datas de vencimento e outros detalhes. Logo, os fundos de renda fixa podem facilitar a vida do investidor que só quer investir seu dinheiro de uma forma mais segura.
Fundos de ações
Esses fundos investem em uma carteira de ações, oferecendo maior potencial de retorno, mas também maior volatilidade. Existem diversos tipos de fundos de ações. Você pode optar por fundos que são de ações só de empresas de tecnologia ou somente ESG, por exemplo. Há também fundos de ações que focam na estratégia de diversificação.
Fundos multimercado
Esses fundos diversificam em várias classes de ativos, buscando um equilíbrio entre risco e retorno. Diferente dos fundos de ações, os fundos multimercado podem montar uma carteira contendo os mais diversos ativos, como renda fixa, criptomoedas, ações, commodities, fundos imobiliários e outros.
Fundos imobiliários (FIIs)
Os FIIs representam uma oportunidade atraente para quem busca aplicar em imóveis sem adquirir um imóvel físico. Ao adquirir cotas de um FII, o investidor participa dos rendimentos de imóveis comerciais e corporativos, como shoppings, escritórios e galpões logísticos. Os FIIs são conhecidos por distribuir rendimentos mensais e são isentos de imposto de renda, atraindo quem busca renda passiva. Além disso, a maioria destes fundos já ajuda com a questão da diversificação, pois geralmente possuem diversos imóveis atrelados ao mesmo fundo.
Criptomoedas
As criptomoedas são ativos digitais que funcionam de forma descentralizada, como o Bitcoin e o Ethereum. Este mercado oferece potencial de valorização elevado, mas também apresenta alta volatilidade e riscos consideráveis. O mercado de criptomoedas ainda é novo e pode sofrer mudanças significativas, por isso é recomendado investir uma pequena parte do seu capital, caso você tenha interesse neste mercado.
Como definir seus objetivos financeiros
Definir objetivos financeiros é fundamental para criar um plano de investimento alinhado com suas necessidades e metas.
Os objetivos financeiros podem ser divididos em prazos:
Curto prazo (menos de 1 ano): Para emergências e necessidades imediatas, invista em ativos de alta liquidez e baixo risco, por exemplo, o Tesouro Selic e determinados CDBs com resgate diário.
Médio prazo (de 1 a 5 anos): Ideal para metas que exigem mais tempo, como uma viagem, o curso dos sonhos ou um carro. É possível diversificar entre renda fixa e alguns investimentos de renda variável neste caso.
Longo prazo (mais de 5 anos): Para aposentadoria e grandes aquisições, como a compra de um imóvel. Nesse caso, ativos de maior potencial de retorno, como ações e fundos multimercado da bolsa de valores podem ser mais adequados, principalmente para quem busca uma aposentadoria mais confortável.
Entendendo o seu perfil de investidor
Conhecer o seu perfil de investidor ajuda a escolher os produtos financeiros mais adequados para sua tolerância ao risco e objetivos. Em geral, existem três tipos de perfil que são bem conhecidos:
Conservador: Prefere segurança e previsibilidade, evitando grandes oscilações. Investe principalmente em renda fixa e busca menor volatilidade.
Moderado: Equilibra segurança e rentabilidade, estando disposto a correr riscos controlados em busca de maior retorno. Costuma diversificar entre renda fixa e renda variável.
Agressivo: Foca em rentabilidade máxima e aceita oscilações significativas em troca de maior retorno. Esse perfil investe em ativos de renda variável, como ações, criptomoedas e fundos multimercado.
Passo a passo para começar a investir

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Defina seus objetivos: Ter clareza sobre o que você quer alcançar facilita a escolha dos investimentos.
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Avalie o orçamento: Determine quanto você pode investir mensalmente sem comprometer suas finanças pessoais.
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Entenda o seu perfil: Identificar o seu perfil de investidor ajuda a direcionar suas escolhas de investimento.
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Escolha uma plataforma de investimentos: Pesquise as opções disponíveis e compare as taxas de corretagem e custódia, além da reputação da plataforma.
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Diversifique: Alocar os recursos entre diferentes ativos ajuda a minimizar os riscos atrelados aos investimentos.
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Acompanhe o desempenho: Monitore o progresso dos seus investimentos e ajuste conforme necessário para manter o alinhamento com os seus objetivos.
Como escolher a melhor plataforma de investimentos
Para fazer a melhor escolha de plataforma, leve em consideração os aspectos a seguir:
Taxas de serviço: Verifique tarifas de corretagem, custódia e outros custos atrelados aos seus investimentos.
Segurança: Prefira plataformas regulamentadas e com boa reputação no mercado. Tenha cuidado ao investir em plataformas que não são tão conhecidas.
Interface fácil de usar: Uma interface intuitiva torna o processo mais agradável, especialmente para iniciantes. Encontre uma corretora que ofereça uma forma simplificada de investir, conteúdo educativo, entre outros benefícios.
Suporte ao cliente: Um suporte eficaz é essencial para resolver dúvidas e problemas. Escolha uma empresa que ofereça suporte rápido e eficiente, para que você não fique em dúvida por muito tempo, a ponto de perder oportunidades.